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Maitland: entenda esse conceito dentro da Terapia Manual




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  • Uma das técnicas dentro da especialidade de Terapia Manual é o Maitland. No conceito Maitland, o tratamento da disfunção músculo-esquelética de um paciente baseia-se, como qualquer outro tratamento, num correto diagnóstico.

    O Conceito Maitland preconiza que, as peças articulares só podem ser mobilizadas ou manipuladas nas direções de funcionamento das mesmas; que a avaliação deve ser feita de forma analítica, somando as informações colhidas no exame subjetivo e objetivo para que seja tomada a decisão do procedimento terapêutico.

    O diagnóstico abrange os sintomas, movimentos e posições das articulações envolvidas, para tanto é imprescindível experiência clínica e diagnóstico funcional correto para que haja bons resultados terapêuticos, pois muitas vezes é necessário um posicionamento e uma mobilização tridimensional para se alcançar os resultados almejados.

    Como é feita?

    A terapia de manipulação é uma técnica de movimento passivo que pode ser classificada como manipulação ou mobilização. A manipulação articular é uma técnica de movimento passivo em que o fisioterapeuta imprime um movimento repentino ou arremetida nos limites normais da amplitude da articulação. Esse movimento é de curta duração e amplitude, mas é realizada com tal rapidez que o paciente é incapaz de impedi-lo. A mobilização é definida como uma técnica de movimentos passivos de uma forma em que o paciente tenha em todo o tempo o controle sobre os movimentos.

    A técnica de avaliação escolhida deve ser usada suavemente, sem provocar dor; os sintomas e sinais do paciente são reavaliados, a amplitude de movimentos que são comparadas com as que existiam antes; se os achados clínicos estiverem inalterados, a mesma técnica pode ser repetida com maior firmeza.

    1. Posicionar a articulação na posição de repouso inicialmente para obter menos resistência dos tecidos conjuntivos;
    2. Posicionar-se corretamente, para que sua aplicação seja feita com menor esforço e maior eficiência;
    3. Mobilizar respeitando a orientação das superfícies articulares.Nesse caso o conhecimento anatômico é extremamente necessário, porém não soberano. A individualidade anatômica de cada um precisa ser respeitada;
    4. Utilizar o grau de mobilização apropriado ao estágio da disfunção;
    5. Evoluir as mobilizações passivas acessórias (artrocinemática) e fisiológicas, para movimentos ativos, com qualidade.
    6. Utilizar o raciocínio clínico para identificar qual (ais) tecidos estão comprometidos, e a partir dessa decisão, a aplicação da carga: local, duração e amplitude são escolhidas.

    Graus de Tratamento

    Os graus I e II são utilizados em quadros álgicos, enquanto os graus III e IV são utilizados quando a restrição de movimento é o principal fator relacionado ao sintoma.

    Grau I: mobilização de pequena amplitude que não chega à barreira restritiva;
    Grau II: mobilização de grande amplitude que não chega à barreira restritiva;
    Grau III: mobilização de grande amplitude que chega a barreira restritiva;
    Grau IV: mobilização de pequena amplitude que chega a barreira restritiva;
    Grau V: mobilização de pequena amplitude feita em alta velocidade após a barreira restritiva, conhecida como manipulação.

    As indicações devem estar relacionadas com a técnica escolhida. A restauração da artrocinemática (movimentos acessórios) é preconizada na maioria dos casos antes das mobilizações osteocinemáticas (movimento fisiológico), exceto em pacientes com prótese articular e lassidão ligamentar.

    1. Aumentar o movimento articular acessório e fisiológico.
    2. Diminuir e controlar quadro álgico
    3.Diminuir o espasmo muscular protetor (Cuidado! Em pacientes com quadro clínico de instabilidade, diminuir o espasmo muscular na fase aguda seria imprudente).

    O Maitland é nomeado Conceito, devido sua abordagem terapêutica englobar outras terapias com o objetivo de restaurar a função, no entanto, sua utilização depende de muito treinamento, tanto na formulação de hipóteses diagnósticas quanto para execução de suas técnicas.

    O tratamento com as técnicas do conceito Maitland só têm valor se acompanhadas de uma avaliação contínua bem apurada.

    Existem pontos importantes para o Fisioterapeuta ao mobilizar uma articulação:

    1. Posicionar a articulação na posição de repouso inicialmente para obter menos resistência dos tecidos conjuntivos.

    2. Posicionar-se corretamente, para que sua aplicação seja feita com menor esforço e maior eficiência.

    3. Mobilizar respeitando a orientação das superfícies articulares.Nesse caso o conhecimento anatômico é extremamente necessário, porém não soberano. A individualidade anatômica de cada um precisa ser respeitada

    4. Utilizar o grau de mobilização apropriado ao estágio da disfunção

    5. Evoluir as mobilizações passivas acessórias (artrocinemática) e fisiológicas, para movimentos ativos, com qualidade.

    A escolha correta da direção do grau, velocidade, ritmo e da duração das técnicas deverão ser feita de maneira correta,podendo ser realizada antes, durante e depois de cada técnica; se é esperado uma rápida melhora, durante o exame e o tratamento inicial, a mudança de uma técnica para outra deverá ser feita mais rapidamente. Se for esperada uma melhora lenta, será errado mudar de uma técnica para outra até que se esteja claro que a técnica inicialmente selecionada não está mais sendo eficaz.

    A principal característica do método Maitland é que há possibilidade de alívio imediato da dor e restauração da função logo na primeira sessão.

    O conceito Maitland não é a única Terapia Manual que tem um ótimo resultado em diversas queixas que pacientes apresentam na prática clínica. Se você é profissional e quer conhecer outras técnicas, clique nesse link!

    Até a próxima!




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