A primeira fase é da palpação digital
O princípio da Crochetagem se baseia numa abordagem do tipo centrípeta, iniciando de fora para dentro dos tecidos. Na presença de uma dor em um local específico, o terapeuta inicia sua busca palpatória manual nas regiões afastadas (proximais e distais) do foco doloroso.
Esta busca palpatória segue as cadeias musculares e fáscias lesionadas que estão em relação anatômica (mecânica, circulatória e neurológica) com a lesão. Esta concepção permite evitar o aumento da dor, chamado de efeito rebote, consequência de um tratamento exclusivamente sintomático. A técnica da crochetagem comporta três fases sucessivas: palpação digital, palpação instrumental e diafibrólise.
A primeira fase é da palpação digital, que consiste em uma espécie de amassamento realizado com a mão palpatória, permitindo delimitar grosseiramente as áreas anatômicas a serem tratadas.
Palpação instrumental é a segunda fase e se realiza com a utilização do gancho em função do volume da estrutura anatômica a tratar. Ela permite localizar com precisão as fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos. Com o gancho em uma das mãos, posiciona-se a espátula, colocando-a ao lado do dedo indicador localizador da mão palpatória. O conjunto posiciona-se perpendicular às fibras tissulares a serem tratadas.
A mão palpatória cria um efeito em onda com os tecidos moles, no qual o polegar busca colocar esta onda dentro do gancho. A penetração e busca palpatória são efetuados por meio de movimentos lentos anteroposteriores. Durante a última fase, os movimentos da mão palpatória precedem aos movimentos da mão com o gancho, o que permite reduzir a solicitação dos tecidos controlando melhor a ação do gancho.
A impressão palpatória instrumental traduz por um lado, resistência momentânea, seguida de um ressalto durante a passagem da espátula do gancho em um corpo fibroso, e por outro lado, uma resistência seguida de uma parada brusca quando encontra uma aderência. Estas últimas impressões só podem ser percebidas quando o gancho está em movimento, pelo indicador da mão repousado no gancho. Estas sensações se opõem àquelas de fricção e de superfície lisa, encontradas nos tecidos saudáveis.
A terceira fase, fibrólise, corresponde ao tempo terapêutico. Esta fase consiste, no final do movimento de palpação instrumental, em uma tração complementar da mão que possui o gancho. Este movimento induz, portanto, um cisalhamento, uma abertura, que se visualiza como um atraso breve entre o indicador da mão palpatória e a espátula do gancho.
Esta tração complementar é feita para alongar, ou romper as fibras conjuntivas que formam a aderência, ou mesmo deslocar ou a achatar o corpúsculo fibroso.
A técnica perióstea é utilizada para um trabalho de deslocamento de áreas de inserções ligamentares ou tendinosas no periósteo. Ela consiste em uma raspagem superficial da estrutura anatômica, com a ajuda do gancho, associado a uma mobilização manual do tecido periósteo. Ela é utilizada para uma abordagem terapêutica articular.
Embora esta técnica não seja de domínio exclusivo da Fisioterapia, por ser um recurso de manipulação de tecidos corpóreos, entende-se que está no âmbito dela. Por ser recente existe pouca bibliografia a respeito, sendo na maioria em francês e alemão. No Brasil, a técnica é difundida e utilizada por fisioterapeutas, tendo sido aperfeiçoada em seu instrumental pelo fisioterapeuta Professor Mestre Henrique Baumgarth, osteopata, sendo utilizada com sucesso comprovado em sua clínica. Assim, a proposta deste trabalho fundamenta-se no pioneirismo da técnica no Brasil, que pode ser descrita e ilustrada no caso que citamos a seguir.
Segundo Baumgarth, a avaliação das aderências cicatriciais sob o ponto de vista da crochetagem consiste na aplicação sobre a cicatriz do esquema em estrela em seis ramos de Meigne. Segundo o esquema em estrela de Maigne, serão avaliados os seguintes parâmetros de mobilidade do tecido: parâmetro de flexão, de extensão, de lateroflexão direita e esquerda, de rotação direita e esquerda e, e por último o parâmetro de compressão que avaliará o grau de maciez e macicez do tecido. Respeitando os parâmetros observados pela avaliação manual vai desenvolver-se a crochetagem objetivando-se recuperação da mobilidade do tecido.
O método de tratamento consiste em utilizar-se o gancho para realizar a fibrólise nas áreas aderidas da cicatriz, com o objetivo de promover a liberação tecidual. A abordagem da cicatriz segundo a crochetagem pode ser dividida didaticamente em três etapas, em que a primeira compreenderá quatro trajetos de aplicação, a segunda e a terceira, dois trajetos.
Na primeira etapa, se realizam movimentos curtos de tração em um eixo paralelo à cicatriz por todo seu trajeto longitudinal da direita para a esquerda e da esquerda para direita, este procedimento deve ser realizado bilateralmente, de modo que se completem quatro trajetos de aplicação, dois em cada lado da cicatriz.
Na segunda etapa, os movimentos serão realizados em um eixo perpendicular a cicatriz, também por todo seu trajeto longitudinal. Estas trações perpendiculares devem ser realizadas de maneira que cruzem sobre a cicatriz. Estes movimentos também serão realizados bilateralmente, de modo que sigam dois trajetos de aplicação de uma extremidade a outra da cicatriz.
Na terceira etapa os movimentos serão realizados de maneira semelhante à segunda etapa, seguindo os mesmos eixos e trajetos, a diferença será que nesta etapa os movimentos não cruzarão sobre a cicatriz, ou seja, os movimentos terão início imediatamente após o bordo mais eterno da cicatriz.
Novamente os movimentos devem ser realizados bilateralmente para que se sigam dois trajetos de aplicação ao longo de toda cicatriz.
Esta busca palpatória segue as cadeias musculares e fáscias lesionadas que estão em relação anatômica (mecânica, circulatória e neurológica) com a lesão. Esta concepção permite evitar o aumento da dor, chamado de efeito rebote, consequência de um tratamento exclusivamente sintomático. A técnica da crochetagem comporta três fases sucessivas: palpação digital, palpação instrumental e diafibrólise.
A primeira fase é da palpação digital, que consiste em uma espécie de amassamento realizado com a mão palpatória, permitindo delimitar grosseiramente as áreas anatômicas a serem tratadas.
Palpação instrumental é a segunda fase e se realiza com a utilização do gancho em função do volume da estrutura anatômica a tratar. Ela permite localizar com precisão as fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos. Com o gancho em uma das mãos, posiciona-se a espátula, colocando-a ao lado do dedo indicador localizador da mão palpatória. O conjunto posiciona-se perpendicular às fibras tissulares a serem tratadas.
A mão palpatória cria um efeito em onda com os tecidos moles, no qual o polegar busca colocar esta onda dentro do gancho. A penetração e busca palpatória são efetuados por meio de movimentos lentos anteroposteriores. Durante a última fase, os movimentos da mão palpatória precedem aos movimentos da mão com o gancho, o que permite reduzir a solicitação dos tecidos controlando melhor a ação do gancho.
A impressão palpatória instrumental traduz por um lado, resistência momentânea, seguida de um ressalto durante a passagem da espátula do gancho em um corpo fibroso, e por outro lado, uma resistência seguida de uma parada brusca quando encontra uma aderência. Estas últimas impressões só podem ser percebidas quando o gancho está em movimento, pelo indicador da mão repousado no gancho. Estas sensações se opõem àquelas de fricção e de superfície lisa, encontradas nos tecidos saudáveis.
A terceira fase, fibrólise, corresponde ao tempo terapêutico. Esta fase consiste, no final do movimento de palpação instrumental, em uma tração complementar da mão que possui o gancho. Este movimento induz, portanto, um cisalhamento, uma abertura, que se visualiza como um atraso breve entre o indicador da mão palpatória e a espátula do gancho.
Esta tração complementar é feita para alongar, ou romper as fibras conjuntivas que formam a aderência, ou mesmo deslocar ou a achatar o corpúsculo fibroso.
A técnica perióstea é utilizada para um trabalho de deslocamento de áreas de inserções ligamentares ou tendinosas no periósteo. Ela consiste em uma raspagem superficial da estrutura anatômica, com a ajuda do gancho, associado a uma mobilização manual do tecido periósteo. Ela é utilizada para uma abordagem terapêutica articular.
Embora esta técnica não seja de domínio exclusivo da Fisioterapia, por ser um recurso de manipulação de tecidos corpóreos, entende-se que está no âmbito dela. Por ser recente existe pouca bibliografia a respeito, sendo na maioria em francês e alemão. No Brasil, a técnica é difundida e utilizada por fisioterapeutas, tendo sido aperfeiçoada em seu instrumental pelo fisioterapeuta Professor Mestre Henrique Baumgarth, osteopata, sendo utilizada com sucesso comprovado em sua clínica. Assim, a proposta deste trabalho fundamenta-se no pioneirismo da técnica no Brasil, que pode ser descrita e ilustrada no caso que citamos a seguir.
Segundo Baumgarth, a avaliação das aderências cicatriciais sob o ponto de vista da crochetagem consiste na aplicação sobre a cicatriz do esquema em estrela em seis ramos de Meigne. Segundo o esquema em estrela de Maigne, serão avaliados os seguintes parâmetros de mobilidade do tecido: parâmetro de flexão, de extensão, de lateroflexão direita e esquerda, de rotação direita e esquerda e, e por último o parâmetro de compressão que avaliará o grau de maciez e macicez do tecido. Respeitando os parâmetros observados pela avaliação manual vai desenvolver-se a crochetagem objetivando-se recuperação da mobilidade do tecido.
O método de tratamento consiste em utilizar-se o gancho para realizar a fibrólise nas áreas aderidas da cicatriz, com o objetivo de promover a liberação tecidual. A abordagem da cicatriz segundo a crochetagem pode ser dividida didaticamente em três etapas, em que a primeira compreenderá quatro trajetos de aplicação, a segunda e a terceira, dois trajetos.
Na primeira etapa, se realizam movimentos curtos de tração em um eixo paralelo à cicatriz por todo seu trajeto longitudinal da direita para a esquerda e da esquerda para direita, este procedimento deve ser realizado bilateralmente, de modo que se completem quatro trajetos de aplicação, dois em cada lado da cicatriz.
Na segunda etapa, os movimentos serão realizados em um eixo perpendicular a cicatriz, também por todo seu trajeto longitudinal. Estas trações perpendiculares devem ser realizadas de maneira que cruzem sobre a cicatriz. Estes movimentos também serão realizados bilateralmente, de modo que sigam dois trajetos de aplicação de uma extremidade a outra da cicatriz.
Na terceira etapa os movimentos serão realizados de maneira semelhante à segunda etapa, seguindo os mesmos eixos e trajetos, a diferença será que nesta etapa os movimentos não cruzarão sobre a cicatriz, ou seja, os movimentos terão início imediatamente após o bordo mais eterno da cicatriz.
Novamente os movimentos devem ser realizados bilateralmente para que se sigam dois trajetos de aplicação ao longo de toda cicatriz.
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