A paralisia cerebral (PC) é definida como uma alteração da postura e do movimento, permanente, mas não imutável. Resulta de um distúrbio no cérebro não progressivo, devido a fatores hereditários, eventos ocorridos durante a gravidez, parto, período neonatal ou durante os primeiros dois anos de vida.
A diparesia espástica é o principal tipo de paralisia cerebral em crianças recém-nascidas pré-termo. O exame clínico destas crianças revela fraqueza muscular, déficit de controle motor e espasticidade nos membros inferiores, com déficit nas habilidades motoras finas.
Lesões hemorrágicas como a leucomálacia periventricular podem provocar o quadro clínico de diparesia espástica que afeta principalmente membros inferiores. Admite-se que um fator de grande importância patogênica seja a degeneração cística grave da substância branca. Agravidade do distúrbio motor parece manter relação com a extensão das anomalias reveladas pela tomografia
computadorizada.
A abordagem fisioterapêutica na PC teria a finalidade de preparar a criança para uma função, manter ou aprimorar as já existentes, atuando sempre de forma a adequar a espasticidade.
Entretanto, o prognóstico da paralisia cerebral depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação.
Um dos métodos para tratamento de crianças com PC é o conceito Bobath que tem por objetivo incentivar e aumentar a habilidade da criança demover-se funcionalmente da maneira mais coordenada possível. Os movimentos normais não podem ser obtidos se a criança permanecer emalgumas posições e se mover de uma maneira limitada ou incoordenada, por inadequação do tnus postural anormal e incoordenação de postura e movimento presentes nestas crianças 6.
O conceito Bobath parte do princípio de manuseios nos quais utilizamos padrões que irão influenciar o tônus muscular, pois, através dos pontos chaves de controle, estaremos produzindo mudanças no tônus muscular. Isto, conseqüentemente, irá influenciar o controle postural e o desempenho das atividades funcionais. A mudança de tônus, por sua vez, influenciará as características neurais e não neurais .
Em longo prazo, a capacidade da criança em usar as habilidades que estão sendo facilitadas, dependerá da condição do sistema nervoso central (SNC) em adaptar-se a essas mudanças, incluindo a capacidade perceptiva e cognitiva do paciente no uso destas habilidades em um contexto.
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